10 de julho de 2009

sinto, logo... Vivo!

Acordei com medo. E se eu tiver chegado a um ponto em que perdi o sentido da vida? Assustou-me ainda mais pensar que, ainda que um propósito final existisse, ou uma acérrima convicção religiosa o justificasse, isso não me satisfaria plenamente.

O esvaziar de objectivos claros e concretos, faz-me sentir meio perdida. Estagnada face aos caminhos, desmotivada quanto a rumos futuros. Cresci estabelecendo metas, contornando obstáculos e imprevistos que, quero acreditar, pudessem levar-me à felicidade. E quando dei conta, sentia uma espécie de vazio, de acomodação ao que conseguira alcançar, de cansaço, de ingratidão. Como se tudo dependesse do meu brilhante desempenho. Será nisto que a psicoterapia -de que a Dra. Margarida falava- poderia fazer algo por mim? O que quereria ela dizer com "há aí muita pedra para partir"?...

Naquele dia, não percebi o alcance daquelas duras palavras. Dentro de mim, sentia porém a vida a pulsar noutro tempo, noutro lugar. Fiquei com a sensação de caminhar sem bússola. Era a Sissi que queria ser médica, artista, pintora, cantora... Visualizei tudo aquilo que queria ter sido e não fui. Apeteceu-me permanecer em
off durante tempo indeterminado. Precisei de me reprogramar. Há coisas que preciso de desculpar em mim e aceitar ser desculpada.

Dei por mim a pensar: o sentido da vida é redescobrir o prazer de viver. Nunca porei termo ao eterno desassossego da alma. Se é isso que me faz feliz. Mudar de vida porquê? E no entanto, adormeço com tanto medo.

1 comentário:

  1. Multumesc pentru comentarii Cioara Andrei. A fost greu de înţeles români. Cum să-mi găsesc blog? Sunt curios. Continuă să revizuiască şi comentarii, dacă este posibil în limba engleză.

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