16 de novembro de 2009

Puxado a Vento


Abri a janela e o vento ensopou-me a alma. Ergui os braços e senti a eternidade do universo num abraço morno. Os dias de chuva também têm o seu encanto... É como se a água que cai nos elevasse ao melhor de nós e nos deixasse traçar a nossa própria marca de água no céu.

Quando o amor me inspira ao melhor de mim sinto-me... feliz. E hoje estou assim! Porque consegui arrancar ao sol um arrepio enquanto o vergava ao meu sorriso matinal. Quando tudo o que é maior e mais forte do que eu se une a cada célula do meu corpo, em uníssono, num grito mudo que se espalha por mim adentro e escorre pela rua... sinto-me... violentamente feliz.

Hoje escrevo o meu nome de alegria num horizonte de outono, puxado a vento e a chuva.

Apetecia-me ouvir isto. Alto. Muito alto. Tão alto que o volume do carro, estando no máximo, seria fraco para sentir a batida do ritmo em todos os meus órgãos. Fecho a janela para guardar em mim cada acorde. Nesse momento só me apetece levantar vôo. E por mais que acelere, a velocidade não acompanha a intensidade do compasso a penetrar-me a pele.

2 comentários:

  1. Hoje estás de PARABÉNS, não só pelo post (que está lindo) mas, por há 36 anos teres "decidido" vir para este nosso Mundo.

    Ainda bem que vieste, pois é bom ter-te como amiga, é bom saber que estas ali, á mão de semear, para o que der e vier. Sou feliz por fazeres parte da minha vida.

    Desejo que tenhas muitos momentos como este e que te sintas mais vezes "violentamente feliz"!

    Não sou "Anónimo" sou a Nena,
    P.S. Não consigo enviar este comentário doutro modo. Estas novas tecnologias, por vezes, são tão teimosas!!

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  2. Para quando um post ao Kidinhos.
    O país está à espera

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