15 de abril de 2009

Palavras para quê!

Não ando a dormir bem. Às vezes tenho a sensação que não devia publicar emoções que vivem em surdina. Outras vezes penso que deveria pintar numa tela os sentimentos agridoces que habitam o meu democrático coração. Isto de querer ser exactamente aquilo que a gente é há de nos levar a algum lado, digo eu...

A mim leva-me sempre às minhas origens, aos encantos dos recantos da terra onde nasci, e que avisto da "ponte nova" com uma vaidade crescente cada vez que lá vou.

Mas depois, cada vez que regresso a Lisboa me sinto mais entregue à grande cidade. Como se também aqui tivesse criado raízes, já que aqui tenho vivido.

E tenho medo de já não saber onde pertenço. Fico meio perdida no meio dos meus sentimentos. Em silêncio.

Os olhos falam. Muitas vezes gritam. Às vezes é necessário não olhar para não revelar segredos. Outras quero mais e mais porque a isso me obriga o ritmo do meu próprio pulso. Há sempre uma mensagem que só ouve quem deseja ouvir. E no entanto, sabe-me a pouco... Hoje preciso mesmo de desabafar. E não há palavras que cheguem. Vá-se lá me entender! Não é fácil.

3 comentários:

  1. Este post trás-me á cabeça 2 comentários: 1º)um copo de leite quente com mel é milagroso para um bom sono e... 2º)2 músicas do António Variações....
    "Estou bem
    Aonde não estou
    Porque eu só quero ir
    Aonde eu não vou
    Porque eu só estou bem
    Aonde não estou
    Porque eu só quero ir
    Aonde eu não vou
    Porque eu só estou bem
    Aonde não estou"

    e esta outra...
    "Vou viver
    até quando eu não sei
    que me importa o que serei
    quero é viver

    Amanhã, espero sempre um amanhã
    e acredito que será
    mais um prazer

    e a vida é sempre uma curiosidade
    que me desperta com a idade
    interessa-me o que está para vir
    a vida em mim é sempre uma certeza
    que nasce da minha riqueza
    do meu prazer em descobrir

    encontrar, renovar, vou fugir ou repetir "

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  2. Hoje, quando cheguei ao escritório apeteceu-me ouvir valsa... Raramente isso acontece. Mas, se era o que me apetecia porque não?

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  3. É a elas que sempre voltamos, às origens. E quanto mais encanto nelas encontrarmos mais aptos nos tornamos para descobrir outros mundos. Lisboa, Rio, NY, o que for. Há que partir para poder regressar, ou para pelo menos sentir que a liberdade de opção existe. A mim dá-me gozo saber dela :-)
    Dividida? Quem não está, quem não é ou quem não fica? Uns "falam" mais, outros menos. Whatever!
    Eu dou-te a mão hoje à noite e as duas ligamos o "descomplicador da vida".

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